quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Porque eles veem as coisas de um ângulo diferente

A morte faz parte da vida, (que novidade), mas insistimos em não aceita-la, é muito complicado lidar com ela, ainda mais quando a vida é tirada por um acidente, hoje tudo bem, amanhã ta morto. Hoje você é um protagonista de uma novela, no dia seguinte sucumbe ali mesmo, naquela paisagem e não cenograficamente, mas na vida real.

Não sou de assistir novelas, mas, até pelo rio São Francisco, região que minha avó muita contava que para os nordestinos o Velho Chico está para o nordeste como o Nilo esta para o Egito. Então acabei nas zapeadas passando pela novela. E o protagonista da trama acabou falecendo, sendo arrastado pelas águas do São Francisco, num local onde a água consegue enganar e ganhar até dos mais experientes.

Na verdade, tudo isso é um gancho ou exemplificação sobre um artigo que lia, e como não sou peixe e por certa ocasião ou até duas passei muito perto de entender o que seja um afogamento por experiência própria sempre fico meio arredio com água, não com líquidos, só alguns.

O afogamento é quarta causa de mortes acidentais em adultos e uma das três principais em crianças. Mas afinal o que vem a ser o afogamento?

1- No início do afogamento, a pessoa se debate, tentando se manter na superfície. Ela prende a respiração o quanto pode e aspira, sem querer, pequenas quantidades de água, o que provoca o fechamento da laringe, órgão situado entre a traquéia e a base da língua. Esse é um mecanismo de defesa do nosso corpo para que a água não inunde os pulmões.
2- Depois de alguns minutos, a laringe relaxa e a pessoa involuntariamente respira debaixo d’água, aspirando e engolindo grande quantidade de água. Parte do líquido vai para o estômago e o restante segue o mesmo caminho do ar: percorre a traquéia e chega aos pulmões, passando por brônquios, bronquíolos e alvéolos.
3- Com o pulmão encharcado, a troca gasosa (entrada de oxigênio e saída de gás carbônico) não funciona mais. A redução da taxa de oxigênio causa danos em todos os tecidos, principalmente nos que precisam de mais ar, como as células nervosas. O cérebro é gravemente lesionado e a pessoa fica inconsciente.
4- Depois de chegar aos alvéolos, a água entra no sangue e penetra nos glóbulos vermelhos, destruindo-os. Com isso, o potássio presente nessas células vaza para o plasma sanguíneo. Em concentração elevada, o potássio é fatal: ele acaba com a diferença de carga dentro e fora da célula, impedindo a transmissão dos impulsos nervosos e, assim, a contração muscular. Com isso, o coração pode parar de bater.


Não tem morte bonita, não tem uma boa escolha para morrer, mas a morte por asfixia é cruel, muito cruel.



One Direction - You & I


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