sábado, 30 de julho de 2016

Com tudo que está acontecendo hoje, você nunca sabe se está indo ou vindo

Poucas pessoas lidam bem com a morte, de uma forma ou de outra, todos sabem que existe, mas ninguém acostuma com a ideia que vamos morrer ou de pessoas por quais temos algum sentimento, e estranhamente não damos a mínima pela morte de estranhos, ela apenas nos agride quando está muito próxima e por quem gostamos.

Acredito que inclusive com as pessoas que estão bem próximas dela, no caso profissionais da saúde, socorristas, policiais, agentes funerários e até os coveiros também não se acostumam com ela. Faz parte do dia a dia, mas de uma forma diferente, digamos “profissional”.

Também não gosto muito dela não, evito funerais, sei que existe, que está no dia a dia mas o meu relacionamento com ela é apenas social. Paradoxalmente sempre tive uma mania, já não tenho mais, provavelmente era uma “modinha”, gostava de visitar cemitérios e igrejas. Provavelmente pelo seu silencio, imaginando nos cemitérios quantas pessoas ali estão (seus corpos) hoje a cremação já e uma realidade, imaginava o espirito, se realmente ainda estavam por ali perambulando, tristes, vazios, podendo observar tantos vivos e não poder ter nenhum contato. Também em alguns cemitérios, algumas sepulturas verdadeiras obras de arte, mausoléus, conforto piramidal para os que já foram. Assim como as igrejas com seus arcos, principalmente as antigas, construídas com muito sacrifício, muitas ornadas com preciosidades, quando sua nave vazia, espreita uma solidão, onde aparentemente vagueia por entre os bancos e pelas imagens vultos de almas que por ali passaram e foram encomendadas.


Um tanto fúnebre tudo isso. Concordo. Porém, hoje os cemitérios em sua maioria, são assombrados pelos vivos, usuários de cracks, moradores de rua, ladrões de sepultura, então, até a mágica no pouco que existia na morte está sendo “enterrada”.


LIL WAYNE - Mirror ft. Bruno Mars



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