quarta-feira, 27 de abril de 2016

E olhei a noite e já não era escura

Quantas e quantas vezes acordamos no meio da noite, assustados, com medo, as vezes o chamado suor gelado. Por vezes pode até ser por uma gripe, uma febre que nos força a ter pesadelos, perder o sentido normal e mergulhar em situações estranhas, nossa mente trabalhando e ao mesmo tempo provocando sensações esquisitas que nos faz querer acordar e nem sempre poder, nos tornamos refém de uma situação. O perigo real provavelmente não exista, mas nosso cérebro é pródigo em nos pregar peças e a sensação é da mais pura realidade.

As vezes os pesadelos vêm sem causa aparente, muitos querem e procuram explicar os sonhos, inclusive os mais obscuros que nos dão medo e chamamos de um pesadelo.

Como já dizia a letra da canção do Ney Matogrosso, quando criança éramos, quando de sonhos ruins realmente acordávamos com medo, até gritávamos, e nem precisando de desculpas tínhamos na maioria das vezes alguém para se preocupar, para um abraço, para um carinho, para dizer que não era nada, e de certa forma nós ficávamos tranquilos.

Nos dias de hoje já não é bem assim, os medos das nossas noites passam a ser só nossos, ninguém para aquietar as palpitações, e com saudade recordamos do tempo que ainda tínhamos isso e nem sempre valorizamos, e que tudo isso ficou para trás. Os nossos medos de hoje, medos reais temos de dá conta sozinhos, sem choro, ou se ele vier que seja quando ninguém veja, pois temos de parecer fortes, afinal temos de abraçar e dá carinho para quem hoje ainda é criança e precisa disso.

E olhando para trás, sabendo do que temos de fazer hoje, a noite já não parece tão escura.





Gloria Trevi Todos Me Miran



Ney Matogrosso - Poema


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