quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Me ame alucinadamente!

Todo dia era a mesma coisa, ela acordava, olhava para o lado e ele lá estava, ainda dormindo. Ela respirava e ficava olhando, talvez quem sabe velando o seu sono, ou como na música tentando de alguma forma olhar para dentro de sua cabeça e imaginar no que ele sonhava, talvez fosse algo bom, o seu rosto estava tranquilo, mas será que era com ela que ele sonhava?

Ela precisava muito deste amor, e ele tinha que sempre está um passo à frente, precisava muito desta demonstração de amor e de carinho e se possível isso fosse levado aos extremos, imaginava que ele fosse assim como ar que respirava, era essencial, imprescindível, ele era o dia e a noite, o pulsar do seu coração, a única coisa importante, o resto não importava.

Era a alegria, a coragem e também o medo, mas, o desejo latente de voar, ganhar os céus, percorrer caminhos, ele era esta força, a força vital.

Ela precisava deste amor, sempre, contínuo, tudo passava a ser diferente, era imenso, a sua presença já não era o bastante, e a sua ausência era o caos. Imaginava não saber mais viver sem ele.


Ele abriu os olhos, um sorriso calmo se abriu, fitou os olhos por uns instantes e como sempre lhe deu um beijo de bom dia, um abraço forte e se não disse ficou implícito que a amava. E ela então mais uma vez entendeu que ele jamais a amaria como ela, e por um momento se sentiu a mais infeliz das mulheres.


Ellie Goulding - Love Me Like You Do




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